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4 DE MARÇO DE 1948 288-(75)

A evolução do imposto ferroviário é dada no quadro que segue:

[Ver Tabela na Imagem]

O problema dos caminhos de ferro é, em grande parte, um problema de tráfego. Os números atrás transcritos são parcialmente proporcionais ao tráfego.

Despesas

121. Além de pagar os encargos da Direcção Geral de Caminhos de Ferro, o Fundo Especial financia aperfeiçoamentos e reparações nas linhas do Estado e ajuda a construção de novas vias. Em 1946, comparado com o ano anterior, gastaram-se as verbas que seguem:

[Ver Tabela na Imagem]

Nota-se ter aumentado muito a despesa relativa, a material, que é a que mais interessa no ponto de vista económico.

Material

122. Para ter ideia do modo como se gastaram as verbas de material, publica-se a seguir um mapa que as discrimina:

Contos

Estudos ....................... 72
Construções ................... 698
Material circulante ........... 1:076
Material em depósito .......... 24
Oficinas do Barreiro .......... 114
Obras complementares ..........16:038
Estradas de acesso ............ 109
Obras na linha do Norte ....... 2
Obras na linha de Cascais ..... 442
Obras na Beira Alta ........... 100
19:175
Pagamento de material
circulante ....................33:995
53:170
Outras despesas de material ... 1:150
Total ..............54:320

As duas quantias mais importantes dizem respeito a obras complementares e a compra de material circulante.
As obras complementares, em que se despenderam este ano 16:038 contos e no de 1945 16:118, compreendem grande número de trabalhos. Os mais importantes tiveram lugar na linha do Douro (5:939 contos), na do Minho (1:336 contos), na do Sul (5:406 contos) e na de Évora (856 contos). O resto distribui-se por diversas verbas em várias linhas.
Não tem sido possível fazer a obra de renovação de carris, muito necessitada, em parte porque há dificuldades na aquisição de material.
A outra verba importante é a de 33:995 contos e utilizou-se na compra de material circulante. Pode discriminar-se do modo seguinte:

Contos

Compra de 18 automotoras .................... 20:094
Compra de 580 vagões e 40 vagões-cisternas .. 13:445
Diversas despesas ........................... 456
Total ..................... 33:995

Se as receitas se mantiverem parece ser possível ir dotando, por intermédio deste Fundo, os Caminhos de Ferro do Estado de meios de reduzir o preço de custo do frete e assim influenciar a exploração. Já há bastante tempo que se aludiu- nestes pareceres à necessidade de utilizar automotoras e tractores. Espera-se que dentro em pouco as restantes entidades ferroviárias consigam melhorar os seus coeficientes de exploração. Já foi adquirido material para esse fim, que deverá estar em circulação em breve.

Empréstimos e garantias de juros

123. A situação financeira do Fundo Especial de Caminhos de Ferro progrediu bastante no período da guerra, por virtude do aumento das suas receitas. Os encargos reduzem-se hoje a 11:956 contos e neles pesam as linhas da Senhora da Hora e da Boavista à Trindade, com 2:851 contos. O resto diz respeito ao débito ao Estado, que está a ser amortizado. O quadro seguinte exprime, em resumo, os encargos que sobrecarregam o Fundo Especial de Caminhos de Ferro por empréstimos e garantias de juro:

[Ver Tabela na Imagem]

A situação relativamente desafogada em que se encontra o Fundo Especial de Caminhos de Ferro é devida em