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3 de fevereiro de 1978

330-(9)

Ausência de avaliação do binómio «custo/ eficácia» na definição de objectivos e nas tomadas de decisão;

Excesso de formalidades, exigências e burocracia;

Número exagerado de diligência a efectuar e de licenças a obter, por cada acto a praticar ou actividade a exercer;

Inconsideração do factor «custo de produção» e inexistência quase geral de contabilidade analítica;

Incipiente utilização de técnicas modernas de recolha, registo, tratamento e transferência de informação;

Morosidade na transmissão de informação pela complexidade dos circuitos e suportes informacionais, bem como pela inadequada repartição vertical e horizontal de competências;

Excessivo formalismo do conteúdo da informação;

Os centros de processamento automático de informação que se encontram disseminados pela administração pública não estão hierarquizados nem enquadrados numa orgânica para a informática;

Os serviços da administração pública onde são inseridos os centros oferecem resistências fortes à passagem do processamento manual da informação para o processamento automático;

A concepção das aplicações é dificultada pela relação entre utilizadores e informáticos, bem como pela escassez de analistas e programadores formados e actualizados pelas mais modernas técnicas de análise e codificação de programas;

A produção dos centros corresponde a uma pequena parte (por volta de 36 %) da utilização da capacidade produtiva;

A optimização da produção nos centros é ainda dificultada muitas vezes pelo facto de não se estar à altura de garantir o funcionamento técnico dos sistemas informáticos, aproveitando toda a sua capacidade produtiva, por falta de analistas e programadores de sistemas, bem como de esquemas de manutenção dos equipamentos e, ainda, porque na aquisição dos equipamentos os centros dependem era grande parte dos fornecedores, de um modo geral as multinacionais da informática, as quais vendem por vezes equipamentos de elevado grau tecnológico para os quais não estão previstas medidas necessárias para os utilizar convenientemente;

A informação produzida —ou o output do processo de produção— é, ainda, por vezes obtida fora do tempo, presu-mindo-se que contenha alguma percentagem de erros de difícil quantificação, dado que, de um modo geral, não se

produzem os indicadores sobre o grau de fiabilidade dos sistemas instalados;

A indefinição das necessidades dos gestores torna deficiente o desenho dos sistemas, de modo que a informação produzida é muita vezes insuficiente ou menos indicada para a satisfação das necessidades reais, visto não estarem em muitos casos preparados para exigirem da informática tudo o que esta lhes poderia proporcionar;

O ritmo a que se têm desenvolvido as despesas em informática de aluguer, compra e manutenção de equipamento, bem como de material, pessoal, serviços e outras na administração pública de 1971 a 1975, estima-se em 36,1 % (taxa de crescimento médio anual), tendo praticamente duplicado de 1973 para 1975, em que passaram de 278 400 para 529 800 contos;

A inexistência de carreira e a falta de atractivo para exercer as funções informáticas devido às baixas remunerações praticadas e à formação proporcionada, comparativamente com o que se passa no sector privado e no sector público nacionalizado, justificam o menor nível do pessoal especializado, com incidência particular no domínio da análise;

Deficiente utilização e produção dentro da administração pública de informação científica e técnica (ICT);

Ausência de uma infra-estrutura para a racionalização, a nível nacional, da recolha, tratamento, armazenamento, difusão de informação científica e técnica;

Insuficiente tecnologia no domínio das ciências da informação;

Falta de pessoal qualificado, ao que não é alheia a estruturação vigente das carreiras de técnicos do ICT;

Duplicação e/ou incorrecto dimensionamento das unidades de ICT existentes, consequência da sua criação não planificada;

d) Deficiências quanto ao equipamento:

Falta de definição de uma política governamental em matéria de instalações, pela existência de várias entidades intervenientes;

Enorme dispersão, por um lado, dos serviços de cada Ministério, de que resulta a multiplicação nos diversos locais de serviços de apoio geral, com o consequente aumento de despesas, uma maior demora nas intercomunicações, baixa na produtividade e incomodidade para os utentes e, por outro lado, uma grande centralização dos serviços de utilidade pública em prejuízo das zonas habitacionais onde se deviam instalar;