O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

260 DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 120

alma, desde novo, que o ouvi, aspirante ainda da Escola Naval, que eu era então, como espelho vivo do homem - o valor, bravura, inteligência, clarividência, acção, o senso político -, a dizerem tam alto da sua inconfundível personalidade como a epopeia de combates e feitos de armas com que Azevedo Coutinho glorificou a marinha e serviu Portugal!

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - A epopeia de combates e feitos de armão de Azevedo Coutinho, dizia eu, Sr. Presidente!

E o brilho da sua carreira política e colonial?

É preciso ler-lhe a folha gloriosa de serviços, como outra .não houve, por certo, maior nem mais bela na história da marinha, e meditar na série contínua de triunfos que é roda a sua vida de oficial - as campanhas dó Chire e do M'lolo, as do Barué, Namarrais, Zambézia, Maganga da Costa e tantas mais!

Os honrosíssimos louvores, as mais altas condecorações a atestarem-lhe » invulgar personalidade, devotado sacrifício, heroicidade!

Em graus sucessivas da Torre e Espada, sempre por feitos em. combate, atinge o grande oficialato, de cujas insígnias o Bei lhe faz oferta pessoal. Cobrem-lhe o peito., entre tantas dá maior valia, a medalha de ouro de serviços distintos e relevantes no ultramar, em campanha, e a medalha de ouro do valor militar. Bem diz a digna Câmara Corporativa, no seu primoroso parecer: «Azevedo Coutinho foi, verdadeiramente, um dos construtores da História Nacional». Como tal o impõem os seus feitos e a sua vida colonial.

Assim o reconheceu o Rei nos louvores e mercês que lhe conferiu.

Assim o reconheceram as Côrtes, proclamando-o benemérito da Pátria.

Assim o reconheceu o Povo, a massa anónima da Nação, no altíssimo significado da apoteose com que lhe coroou o heroísmo- no regresso das campanhas de África.

Assim o reconhece hoje a Assemblea Nacional, no legítimo título de honra que assume ao decretar pelos representantes da Nação a reintegração na armada d<_ que='que' de='de' tam='tam' a='a' homem='homem' nome='nome' levantou='levantou' alto='alto' o='o' p='p' servindo='servindo' marinha='marinha' portugal.='portugal.'>

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Angelo César: - Peço a palavra, Sr. Presidente, para um requerimento.

O Sr. Presidente: - Tem V. Ex.ª a palavra.

O Sr. Angelo. César:-Depois das sóbrias e justas palavras do Deputado marinheiro Álvaro. Morna, suponho, Sr. Presidente, que interpreto o sentimento da Assemblea Nacional requerendo que V. Ex.ª encerre este debate com as suas palavras, para que possamos sem demora manifestar o nosso voto sobre este projecto de lei.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - Vou consultar a Assemblea.

Nos termos do artigo 44.º do Regimento, o debate acabará pela aprovação dê um requerimento para que a matéria seja dada por discutida.

O Sr. Juvenal de Araújo: - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem V. Ex.ª a palavra.

O Sr. Juvenal de Araújo: - Sr. Presidente: eu estava inscrito para falar sobre o projecto de lei em discussão e queria aproveitar essa oportunidade para pôr em relevo a notável carreira militar e os grandes feitos de João de Azevedo Coutinho nas nossas campanhas de África. Mas, atendendo às razões especiais em que se funda o requerimento do Sr. Deputado Angelo César e lamentando II ao poder juntar a minha voz à do Sr. Deputado Álvaro Morna, declaro que aprovo o requerimento enviado para a Mesa.

Tenho dito.

O Sr. António de Almeida: - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem V. Ex.ª a palavra.

O Sr. António de Almeida: - Sr. Presidente: também eu, na qualidade de professor da Escola Superior Colonial, desejava usar da palavra para enaltecer a nobre figura do grande colonialista que foi João de Azevedo Coutinho.

É que, Sr. Presidente, se João Coutinho, antigo oficial da armada, pelos sen s feitos guerreiros, merece a patente mais elevada da sua corporação, como colonialista de escol não é menos digno de ser galardoado com tam justíssima distinção.

No entanto, e dadas as circunstâncias apontadas por V. Ex.ª, concordo com a sugestão do Sr. Deputado Angelo César.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: - Vou pôr à votação o requerimento do Sr. Deputado Angelo César.

Submetido à votação, foi o requerimento du Sr. Deputado Angelo César aprovado.

O Sr. Presidente: - Está encerrado o debate. Suponho que o desejo da Assemblea seria votar este projecto de lei por aclamação...

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - ...mas, como o Regimento o não permite, vou pôr à votação o artigo único do projecto de lei por forma mais solene do que a usual.

Os Srs. Deputados que aprovam este projecto de lei, levantam-se; os que o rejeitam, deixam-se ficar sentados.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Está aprovado por unanimidade. Interrompo a sessão por uns momentos.

Eram 16 horas e 59 minutos.

O Sr. Presidente: - Está reaberta a sessão.

Eram 17 horas e 5 minutos.

O Sr. Presidente: - Como V. Ex.ªs sabem, a ordem do dia era constituída pelo projecto do Sr. Deputado Tavares de Carvalho sobre a formação do nome.

O adiantado da hora e a necessidade que temos de discutir e aprovar ainda as Contas Gerais do Estado e as contas da Junta do Crédito Público impossibilitam a Assemblea de discutir esse projecto. Por isso, com muito pesar meu, e pedindo muita desculpa ao Sr. Deputado Tavares de Carvalho, vejo-me forcado a retirar da discussão o seu projecto.