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3 DE DEZEMBRO DE 1986

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Em Novembro, é aprovada nova resolução da Assembleia Geral da ONU sobre o direito à autodeterminação de Timor-Leste.

1981 —A Cruz Vermelha Internacional é obrigada a abandonar Timor-Leste, no quadro da preparação de uma nova e grande ofensiva indonésia contra a activa resistência timorense. A Assembleia Geral da ONU aprova nova resolução no sentido das anteriores. O Senado autraliano decide abrir um inquérito sobre Timor-Leste; surge, pela primeira vez, na imprensa australiana uma declaração do administrador apostólico de Díli, Mons. Martinho da Costa, sobre a grave situação de fome em que se encontra o território. Recomeça o programa de auxílio da Cruz Vermelha.

1982 — Durante a visita a Portugal, S. S. o Papa João Paulo II faz um veemente apelo para a paz em Timor-Leste. Mais de um milhão de portugueses concentrados em Fátima fazem orações pela paz em Timor-Leste.

Em Novembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas reafirma o direito à autodeterminação do povo de Timor-Leste e confere ao Secretário-Geral da Organização um mandato especial, no sentido de encontrar uma solução justa para o conflito, através do diálogo com todas as partes directamente interessadas.

1983 — Em Fevereiro, a Comissão de Direitos Humanos da ONU reconhece também o direito à autodeterminação do povo timorense.

2m Março, na sequência de conversas entre os responsáveis da FALINT1L e da Indonésia, segue-se um cessar-fogo que dura cinco meses.

170 parlamentares europeus assinam uma declaração apoiando o direito à autodeterminação do povo de Timor-Leste.

Em Setembro, a Indonésia reforça significativamente os seus efectivos militares em Timor-Leste. A presença de tão numerosas 'orças faz que 48 congressistas dos EUA enviem ao Primein>Minis-tro português uma carta e"i que manifestam a sua preocupação peia situação em Timor-Leste, solici-tando-lhe que intensifique a sua acção diplomática.

Em Dezembro, mais de 100 congressistas americanos pedem a Reagar: a inscrição do caso de Timor-Leste na agenda de trabalhos da política externa americana. A Cimeira dos Chefes de Estado dos Cinco Países Africanos de Zxpressão Portuguesa, reunida em Bissau, reafirma o apoio à luta de libertação em Timor-Leste e à FRETILIN. Mais de 150 deputados ingleses pedem ao seu Governo para deixar de vender armas à Indonésia.

1984 — 133 políticos e intelectuais portugueses subscrevem uma carta aberta ao presidente Reagan, aquando da visita oficial do Primeiro-Ministro Mário Soares aos USA, solicitando-lhe que tome posição sobre Timor-Leste. Um mês depois, 22 senadores norte-americanos enviam uma carta ao Secretário de Estado G. Schultz, alertando para a violação dos direitos humanos em Timor e pedindo-lhe que refira a questão na sua próxima visita à Indonésia. Em Julho, congressistas norte-americanos apelam ao presidente Reagan para que ponha termo ao sofrimento do povo timorense.

O mês de Julho vai ser palco de uma nova ofensiva a favor de Timor-Leste: João Paulo II manifesta aberta-~en?e a sue oreocyçjssão rc"c.;:van»ente àquele terri-

tório; o Secretário de Estado norte-americano, G. Schultz, aborda com o ministro dos negócios estrangeiros indonésio o problema dos direitos humanos em Timor-Leste; o Congresso do Partido Trabalhista Australiano aprova uma moção exigindo uma definição da política do seu país, de modo que sejam respeitados os direitos humanos em Timor-Leste. No mês seguinte, a Cimeira dos Cinco Países de Língua Oficial Portuguesa expressa a sua solidariedade com a luta do povo timorense e com a FRETILIN. O Comité de Descolonização das Nações Unidas critica violentamente a Indonésia pela sua política relativamente a Timor-Leste.

1985 — Em Fevereiro, a 5." Cimeira de Chefes de Estado dos Países Africanos de Expressão Portuguesa expressa, mais uma vez, no seu comunicado final um apoio indefectível à corajosa luta do povo timorense.

Em Março, a 41.° Sessão da Comissão dos Direitos do Homem conclui e dá por comprovadas as violações dos direitos humanos em Timor-Leste.

Em Abril, surge um importante documento do Con- =■ selho Presbiterial de Díli, presidido por Mons. Ximens Belo, datado de 1 de Janeiro, em que é feita a análise da situação.

Em Maio, a Comissão das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados do Brasil aprova, por unanimidade, uma moção de solidariedade para com o povo de Timor, enquanto, no mesmo mês, 131 congressistas americanos escrevem a Ronald Reagan, a propósito da sua visita a Portugal, manifestando a sua preocupação pela tragédia de Timor-Leste.

O Verão de 1985 vai ser fértil em manifestações da diplomacia internacional em favor de Timor-Leste.

Em Junho, 411 parlamentares, do Parlamento Europeu, de nove países europeus, da Austrália e do Japão, assinam uma declaração em que exigem o fim das hostilidades e a presença de legítimos representantes do povo de Timor-Leste nas negociações e um acto de autodeterminação livre de interferências.

Em Julho, surge o relatório da Amnistia internacional denunciando a violação dos direitos do homem, que causara já 200 000 mortos.

Em Agosto, o Comité de Descolonização da ONU debate a questão de Timor-Leste, tendo os participantes considerado a Indonésia como ocupando ilegalmente aquele território.

Em Setembro, realizou-se a Cimeira Ministerial dos Países não Alinhados, em Luanda, onde foi discutida a situação prevalecente em Timor-Leste e se apelou ao Secretário-Geral da ONU para que se desenvolvam esforços no sentido de se obter uma solução global, duradoura e estável para Timor-Leste de acordo com as várias resluções da ONU.

Em Outubro, o Presidente da República Portuguesa, Ramalho Eanes, discursa na Assembleia Geral da ONU afirmando que Portugal continuará a assumir, na sua qualidade de potência administrante, as suas responsabilidades sobre o território de Timor-Leste.

1986 — Em Fevereiro, a 42.a Sessão da Comissão dos Direitos do Homem, realizada em Genebra, condena a violação dos direitos do homem e apela à autodeterminação de Timor-Leste.

A Indonésia começa a desenvolver grande actividade diplomática, sobretudo junto dos países da CEE, no sentido de retirar o caso de Timor-Leste da agenda das Nações Unida?.