O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

84-(222)

II SÉRIE -C —NÚMERO 10

O Sr. Presidente (Guido Rodrigues): — Não pode continuar, Sr. Deputado!

O Orador: — São só 10 segundos, Sr. Presidente.

O que quero dizer é que nós ponderamos aquilo que são as possibilidades, mas não podemos aceitar que o Sr. Ministro venha dizer que isto é tudo muito bom, que estamos a fazer tudo e mais alguma coisa, quando, na realidade, os números demonstram que não é assim.

Queremos que o Sr. Ministro baixe um pouco à terra e faça como nós: interprete as possibilidades e faça as opções. Só assim há discussão!

O Sr. Presidente (Guido Rodrigues): — Em primeiro lugar, vou dar a palavra ao Sr. Deputado Fialho Anastácio, passando depois ao Sr. Ministro, para fazer uma intervenção final, e encerramos a reunião no que diz respeito à apreciação do orçamento deste Ministério.

Tem a palavra, Sr. Deputado Fialho Anastácio, dispondo apenas de três minutos.

O Sr. Fialho Anastácio (PS): — Sr. Presidente, é lógico que a minha intervenção é para responder a determinado tipo de afirmações feitas pelo Sr. Deputado António Vai-rinhos — que parece que está extremamente excitado —, porque o assunto que eu aqui trouxe é, de facto, grave. ^

Lamento profundamente que o Sr. Deputado, um homem de Vila Real de Santo António, que tinha por obrigação estar atento a estas situações, não acompanhe a evolução destes problemas, trazendo para aqui invenções que não me parecem muito próprias.

Eu transmiti a minha preocupação porquanto hoje a comunicação social deu conhecimento desta situação. Isso é prova de que o Sr. Deputado António Vairinhos não está atento, não está preocupado com estes problemas e, portanto, não está a cumprir com as suas obrigações.

Por outro lado, compreendo a sua posição, dado que é sempre desagradável, periodicamente, ser-se derrotado em eleições autárquicas, o que traz sempre uma grande frustração, frustração que vem ao de cima nestas ocasiões. Foi o que aconteceu ao Sr. Deputado António Vairinhos, relativamente as eleições que se têm realizado em Vila Real de Santo António. E é por isso que levanta aqui fantasmas em vez de preocupações reais, que todos nós, de boa--fé, devíamos procurar resolver.

Foi, pois, neste sentido que fiz a minha intervenção.

Hoje mesmo, a comunicação social anunciou que, exactamente, havia indicadores preocupantes de manganês na água da barragem do Beliche. Foi, inclusivamente, contactada a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, que anunciou — são informações da comunicação social — que já tinha solicitado à população que não utilizasse a água, porque estava a proceder-se a novas análises para se saber do evoluir da situação.

Portanto, são preocupações que têm de ser aqui trazidas e de que tem de dar-se conhecimento nestas ocasiões, porque é, de facto, o momento oportuno.

Lamento profundamente, como Deputado algarvio que sou, que o Sr. Deputado António Vairinhos se esqueça destas obrigações que tem para com a população do Algarve, designadamente para com a população de Vila Real de Santo António.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Presidente (Guido Rodrigues): — Tem a palavra o Sr. Ministro do Ambiente e Recursos Naturais.

O Sr. Ministro do Ambiente e Recursos Naturais: —

Sr. Presidente, quero apenas dizer que o meu respeito pelos Deputados é total, aliás, demonstrei-o nas intervenções que fiz. Portanto, fui tão profundo quanto era possível no tão pouco tempo que tive para responder a estas questões.

Não quero, de modo nenhum, deixar a ideia de que não temos profundidade na analise que fazemos; antes pelo contrário, a análise foi feita e, por isso mesmo, optámos por estas prioridades politicas, porque temos dados, temos informação e fizemos uma análise correcta da situação, particularmente, Sr. Deputado António Murteira, do ponto de vista dos recursos hídricos, para podermos avançar com os vários projectos e programas que temos em mãos.

Era a única coisa que queria dizer e, simultaneamente, referir, de um modo muito geral, que desta discussão levo a indicação e a ideia de que, em termos de prioridades, não há quaisquer prioridades diferentes das que apresentámos. A única coisa que vi foi discutirem-se verbas e essas eu também gostaria de discuti-las se os Srs. Deputados conseguirem encontrar um modo, como dizia há pouco o Sr. Deputado Castro Almeida de reforçar os orçamentos sem ir, de maneira nenhuma criar problemas aos Portugueses através dos impostos.

A única mensagem que levo é, pois, a de que não há alternativa à política que aqui apresentámos.

O Sr. António Vairinhos (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da honra.

O Sr. Presidente (Guido Rodrigues): — Inicialmente, o Sr. Deputado António Vairinhos fez uma interpelação à Mesa que, no fim de contas, se traduziu num protesto e o Sr. Deputado Fialho Anastácio já deu explicações.

O Sr. António Vairinhos (PSD): — Sr. Presidente, o Sr. Deputado Fialho Anastácio ofendeu o Deputado António Vairinhos, que sou eu!

Risos.

O Sr. Presidente (Guido Rodrigues): — Sr. Deputado, tem a palavra, apenas durante três minutos.

O Sr. António Vairinhos (PSD): — Sr. Presidente, quero deixar claro que o Sr. Deputado Fialho Anastácio não respondeu às questões que lhe coloquei.

Em primeiro lugar, não estou a falar pelos órgãos de comunicação social. Não sei se o Sr. Deputado é ou não accionista, mas fala pelos órgãos de comunicação social! Só ouve!... E disse que eu não tenho tempo para me preocupar com os problemas do Algarve. Se calhar, por ter de me preocupar com eles é que não leio os jornais e ouço rádio, que é o que o Sr. Deputado faz. É um Deputado de «música de ouvido», mas eu não sou!

O Sr. Deputado Fialho Anastácio fez, mudamente, uma intervenção para a assembleia de freguesia de Luz de Tavira. Nada mais do que isso! E, mesmo assim, os Deputados da assembleia de freguesia de Luz de Tavira ficariam indignados com as afirmações que ele aqui fez, quando disse que eu estava excitado, que estava com invenções, que não li a comunicação social, etc, mas não respondeu ao que eu, muito claramente, referi, isto é, que o Sr. Deputado afirmou que a água estava imprópria para